Depois da química, dá aquele medo enorme de ter exposto os fios aos possíveis danos do processo. Na tentativa de preservá-los, recorremos a tudo que temos disponível, principalmente à famosa queratina, a proteína básica e fundamental do cabelo. O problema é que, no desespero, acabamos exagerando na necessidade e na dose, aí o efeito pode ser completamente oposto: cabelos duros e ásperos, totalmente rígidos e sem movimento, totalmente suscetíveis à quebra.

Ainda bem que excesso de queratina tem solução e nossa post você irá saber qual é. Porém, primeiro, vamos às indicações de uso da substância, pois prevenir é sempre melhor que remediar.

Você realmente precisa de queratina?

A queratina serve para repor proteínas perdidas em processos químicos, ou seja, para reconstrução dos fios. É a mais popular das substâncias reconstrutoras, apesar de outros aminoácidos também serem utilizados em cosméticos.

Só deve fazer reconstrução quem está com o cabelo totalmente danificado, daquele tipo que está em estado deplorável, frágil, quebrando, elástico… morrendo mesmo! Isso porque a função dela é preencher as lacunas das substâncias perdidas internamente no fio durante processos químicos, por tanto, se for utilizada em cabelos saudáveis ou com leve ressecamento, por exemplo, acabará por sobrecarregar os fios e gerar todos aqueles sintomas citados acima.

Mesmo assim, em casos de danos intensos, deve ser utilizada de 15 em 15 dias. O ideal mesmo é utilizar 1 vez por mês. A exceção é quando o cabelo está com corte químico (com mechas se partindo e dando adeus à cabeça aos tufos). Neste caso, é até sugerível fazer reconstruções semanais, CONTANTO que se contorne o problema da rigidez gerada pela queratina e outros reconstrutores, o que pode fazer o cabelo nada maleável quebrar ainda mais.

Exagerei e o cabelo ficou duro. E agora?

Muita calma nessa hora! Se o cabelo está duro, o ideal é utilizar produtos que devolvam emoliência e deixem os fios macios. Ativos que “desmaiem” os fios e proporcionem nutrição. O cabelo precisa de urgentemente de uma recarga lipídica. Em outras palavras: abuse de produtos com compostos como óleos e manteigas.

Aliás, os problema dos reconstrutores mais potentes do mercado costuma a ser esse: o foco é na operação “tapa-buracos” dos fios, deixando a hidratação e emoliência de lado. Ou seja: são feitos para uso emergencial, priorizando manter o fio de cabelo íntegro após processos químicos intensos, sem se preocupar muito com a hidratação e textura dos fios (só em manter ele inteiro na cabeça, hehehe).

Como devolver a emoliência e maleabilidade aos fios rapidamente?

O mais indicado é fazer uma umectação capilar. O processo consiste em aplicar óleo vegetal puro nos cabelos secos, mecha por mecha (até mesmo na raiz) e deixar repousar por algumas horas (ou até durante o sono), lavando posteriormente e prosseguindo com os cuidados usuais.

Pode ser utilizado o óleo de sua preferência (coco, argan, rícino e etc), desde que seja óleo 100% vegetal. Para se certificar que é 100% vegetal, é só conferir na embalagem se não há compostos como petrolato, parafina líquida, vaselina líquida e óleo mineral, por exemplo. Óleos minerais só “maquiam” os fios e não proporcionam resultado de umectação, por isso é necessário ficar atento.

O resultado é progressivo, quanto mais for repetido o processo, mas rápido o cabelo vai “amolecendo”. Vale a pena aliar a umectação a outros tratamentos nutritivos, como o uso de máscaras e leave-in apropriados.

O cuidado também deve se estender à hora de pentear, pois os fios estão mais propensos à quebra. Creme de pentear nutritivos e desembaraçantes e óleos capilares finalizadores ajudam nesta tarefa. Tudo feito com muita paciência e carinho.

Como saber se um produto é nutritivo? Analisando sua composição: seus principais ingredientes são óleos e manteigas.

Ah! E é lógico: suspenda temporariamente o uso de produtos capilares em geral que contenham queratina, aminoácidos e outros ativos reconstrutores em sua composição. Verifique o rótulo em busca de queratina, cisteína, arginina, creatina e proteínas hidrolisadas, como do trigo, do arroz, da seda e etc. Não esqueça de checar não só suas máscaras mas também o shampoo, condicionador e o creme para pentear.

Pela minha experiência, eu gosto bastante de utilizar óleo de coco para fazer umectação noturna e obtive bons resultados neste caso.

Já aconteceu com você? Se a resposta por sim, a solução está aqui! Se for não, ainda dá tempo de evitar, é só prestar atenção nas recomendações do início do post.

Tudo tem jeito, meninas!

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